A apenas uma hora de Milão, o Lago de Como está na lista dos bate-volta preferidos entre visitantes e locais. Muitos milaneses têm casas de veraneio às suas margens e os que não têm, rumam para lá aos finais de semana para curtir o sol e as vilas com ares mediterrâneos. O lago é um destino pop, da moda, uma belezura rodeada por um conjunto de montanhas que beiram os 2.700 metros. Mas não é só isso. Feito cartão-postal, há mansões subindo pela encosta, construções que atravessam os séculos e suas ilhotas pitorescas brindam os visitantes com muita história.
A vida boa e tranquila às margens do Lago di Como
Em formato de um “Y” invertido, Como fica próximo à divisa com a Suíça, bem perto dos Alpes. Em seu percurso mais longo, chega a atingir 46 quilômetros de comprimento e 400 metros de profundidade, o que o torna perfeitamente navegável e permite gostosos passeios de barco entre vilarejos que circundam sua orla.
Mas, antes de embarcar em um dos cruzeiros, reserve um tempo para caminhar pelo centrinho histórico. O ponto-chave é a Duomo, catedral construída no século 11, cuja cúpula de 75 metros se torna um ótimo ponto de referência. O centro também é o endereço da Piazza Cavour, uma ampla praça com vista para o lago e rodeada por muitos hotéis e restaurantes. É estratégico almoçar ali para acompanhar o movimento e curtir o visual.
Desse ponto partem uma série de ruazinhas que levam a cafés, delicatessens (são tudo na Itália), gelaterias e lojas especializadas em artigos de seda. A seda produzida na cidade é mundialmente conhecida por sua qualidade – nada como comprar uma gravata ou mesmo um lenço feito de seda italiana. O passeio fica completo subindo de funicular até o vilarejo de Brunate. São sete minutos de trajeto até chegar ao topo. A composição funciona desde 1894 e sobe numa inclinação de 55 graus, percorrendo 1.084 metros. Lá do alto, tem-se a melhor vista para o lago e para os Alpes.
Especialmente no verão e na primavera, o lago vira um grande balneário de férias, com várias estâncias para nadar e praticar canoagem, windsurfe, wakeboard e outros esportes aquáticos. No outono e no inverno, muitas atividades param, inclusive os famosos cruzeiros, a atração principal de Como.
Bellagio fica a 30 quilômetros de Como, no ponto exato em que o lago se separa em dois braços (lembra? Ele tem o formato de um Y). A cidade é pequena, as coisas são perto umas das outras e pode-se fazer tudo a pé. Chamada de “Pérola do Lago Como”, Bellagio é marcada por ruelas charmosas e casinhas em tons pastéis. O local é repleto de terraços floridos, sobretudo nas Villas Serbelloni e de Melzi. A primeira tem um jardim do século 18 com vista para o lago; já Melzi reúne um parque com diversas esculturas e um jardim conhecido por suas azaléas. Inclua as duas no roteiro. Caso feche com o passeio de dia inteiro, aproveite para conhecer os ótimos restaurantes de Bellagio.
Como a alta classe italiana sempre foi figurinha carimbada por lá, não faltam construções imponentes e glamorosas, a exemplo da Villa del Balbianello, na cidade de Lenno, a Villa Carlotta, em Tremezzo, e a famosa Villa d’Este, que fica em Cernobbio. Todas com belos palacetes, amplos jardins e hotéis cinco estrelas.
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