Carne ou massa? O que comer e o que evitar ao viajar de avião

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Em voos curtos, de até duas horas, o que você come antes de embarcar ou o que coloca na bandeja do avião não faz muita diferença. No entanto, quando a viagem dura o dia todo, ou vira a noite, o desconforto é inevitável e pode piorar (muito) se você se alimentar de forma errada. Um sintoma comum é ter incômodo abdominal, pois os gases do sistema digestivo acabam se expandindo em grandes altitudes.

 

Para evitar isso, o melhor é não comer nada que fermente, seja dentro do avião ou até um dia antes da viagem.

 

Feijões, batatas, ovos, repolho, pepino, brócolis, nabo e melancia contêm carboidratos que não são absorvidos facilmente e que podem gerar incômodo gastrointestinal. A frutose (o açúcar presente nas frutas) em alta concentração nos sucos naturais, por exemplo, também aumenta a produção de gases.

 

Leite, iogurte e queijo, da mesma forma, precisam ser consumidos com moderação, principalmente por quem tem deficiência da enzima que digere a lactose. Nessas pessoas, os alimentos causam flatulência e diarreia, quadro pouco confortável para o dia a dia e pior ainda quando se está trancafiado em um avião.

 

Carnes gordurosas e preparações condimentadas necessitam de mais tempo no estômago para serem digeridas e podem causar fadiga, irritação, insônia e enjoo.

 

Uma intoxicação alimentar também pode arruinar a viagem. Então, antes de embarcar, é prudente redobrar a atenção com peixes crus, saladas e frutas que você não saiba exatamente como foram higienizadas. No período pré-viagem, evite dietas restritivas, porque elas podem adoecer o organismo.

 

Na hora de escolher entre carne e massa, geralmente servidos em voos internacionais, prefira a opção com menos gordura.

 

Frituras e molhos à base de creme de leite tendem a dar mais flatulência. Se não houver opções saudáveis a bordo, melhor recusar o cardápio. Para não passar fome, tenha na bolsa um lanche pronto, e que seja saudável. Dê preferência aos alimentos que não necessitem de refrigeração, como frutas secas, barrinhas de cereais e bolachas com pouca gordura.

 

Na terra e no ar, refeições leves também colaboram para um sono mais tranquilo . Aliás, para a ciência, ficar sem comer durante o voo não é de todo mal e pode até ajudar a combater o jetlag – que é aquele mal-estar sentido por quem atravessa muitos fusos horários.

 

Em 2009, um estudo da Universidade de Harvard apontou que não comer durante a viagem de avião torna mais fácil a redefinição do relógio biológico e suaviza a adaptação ao novo fuso. No caso, a indicação é alimentar-se de forma leve uma hora antes de viajar e fazer a próxima refeição logo ao aterrissar.

 

Seja qual for a sua escolha, fundamental mesmo é não deixar de beber água. É preciso aumentar a ingestão de líquido um dia antes de voar, porque dentro da aeronave a umidade é muito baixa, o que favorece o surgimento de problemas como constipação, pele ressecada e cansaço.

 

Uma vez no avião, o consumo frequente de água deve ser mantido, ainda que isso signifique pedir licença mais vezes para o colega do assento ao lado.

 

Nunca se deve evitar as idas ao banheiro. Além de ser importante para o organismo eliminar o que é desnecessário, o hábito faz com que a pessoa se movimente, e diminui os incômodos gastrointestinais, além dos inchaços nos membros inferiores.