O Padrão da raça Puro Sangue Lusitano

postado em: Cavalos | 0

Sua origem são os cavalos primitivos da Península Ibérica, recebeu influência de sangue árabe e de cavalos do norte da África. Ao longo dos séculos, foi selecionado para caça, combate, toureio, arte equestre e tiro leve, dependendo da região onde foi criado e a utilização a que foi submetido.

Reconhecido por Gregos e Romanos durante a antiguidade como os melhores cavalos de combate e sela do mundo, o cavalo Ibérico figurou também como o cavalo de lazer das Casas Reais europeias durante toda a Idade Média.

A raça de cavalo Lusitano foi oficializada com a criação do Stud Book do PSL em 1967. Além de um padrão estatístico extraído das médias das medidas de seus indivíduos em certa época, as características do Puro Sangue Lusitano são definidas muito mais pelas suas aptidões funcionais. Daí vêm a agilidade e flexibilidade selecionadas pelo toureio a cavalo e pela guerra ou guerrilha, a inteligência, poder de reunião e maleabilidade selecionados pela arte equestre, e a empatia e companheirismo selecionados por 5.000 anos de equitação.

Tudo isso forjou uma raça de cavalos vibrantes e submissos, fortes e flexíveis, corajosos e seguros e, sobretudo, especializados porém extremamente adaptáveis.

O Cavalo Lusitano é de sela por excelência. Extremamente confiável, se faz o cavalo ideal para principiantes.

 

Padrão da raça

TIPO E ALTURA – Eumétrico (peso cerca de 500Kg); mediolinio; subconvexilíneo (de formas arredondadas), de silhueta inscritível num quadrado. Média ao garrote, medida com hipómetro, aos 6 anos: fêmeas 1,55m Machos 1,60m.

PELAGEM – As mais frequentes são a ruça e a castanha, em todos os seus matizes.

TEMPERAMENTO – Nobre, generoso e ardente, mas sempre dócil e sofredor.

ANDAMENTOS – Ágeis e elevados, projectando-se para diante, suaves, e de grande comodidade para o cavaleiro.

APTIDÃO – Tendência natural para a concentração, com grande predisposição para exercícios de Alta Escola e grande coragem e entusiasmo nos exercícios de Gineta (combate, caça, toureio, maneio de gado, etc).

CABEÇA – Bem proporcionada, de comprimento médio, delgada e seca, de ramo mandibular pouco desenvolvido e faces relativamente compridas, de perfil levemente subconvexo, fronte levemente abaulada (sobressaindo entre as arcadas supraciliares), olhos sobre o elíptico, grandes e vivos, expressivos e confiantes. As orelhas são de comprimentos médio, finas, delgadas e expressivas.

PESCOÇO – De comprimento médio, rodado, de crineira delgada, de ligação estreita à cabeça, largo na base, e bem inserido nas espáduas, saindo do garrote sem depressão acentuada.

GARROTE – Bem destacado e extenso, numa transição suave entre o dorso e o pescoço, sempre levemente mais elevado que a garupa. Nos machos inteiros fica afogado em gordura, mas destaca-se sempre bem das espáduas.

PEITORAL – De amplitude média, profundo e musculoso.

COSTADO – Bem desenvolvido, extenso e profundo, costelas levemente arqueadas, inseridas obliquamente na coluna vertebral, proporcionando um flanco curto e cheio.

ESPÁDUAS – Compridas, obliquas e bem musculadas.

DORSO – Bem dirigido, tendendo para o horizontal, servindo de traço de união suave entre o garrote e o rim.

RIM – Curto, largo, musculoso, levemente convexo, bem ligado ao dorso e à garupa, com a qual forma uma linha contínua e perfeitamente harmónica.

GARUPA – Forte e arredondada, bem proporcionada, ligeiramente oblíqua, de comprimento e largura de dimensões idênticas, de perfil convexo, harmónico, e pontas das ancas pouco evidentes, conferindo à garupa uma secção transversal elíptica. Cauda saindo no seguimento da curvatura da garupa, de crinas sedosas, longas e abundantes.

MEMBROS – Braço bem musculado, harmoniosamente inclinado. Antebraço bem aprumado e musculado. Joelho seco e largo. Canelas sobre o comprido, secas e com tendões bem destacados. Boletos secos, relativamente volumosos, e quase sem machinhos. Quartelas relativamente compridas e oblíquas. Cascos de boa constituição, bem conformados e proporcionados, de talões não muito abertos e coroa pouco evidente. Nádega curta e convexa. Coxa musculosa, sobre o curto, dirigida de modo que a rótula se situa na vertical da ponta da anca. Perna sobre o comprido, colocando a ponta do curvilhão na vertical da ponta da nádega. Curvilhão largo, forte e seco. Os membros posteriores apresentam ângulos relativamente fechados.

 

Fonte: http://www.cavalo-lusitano.com e http://www.valedoarete.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *