O cavalo mais bonito do mundo

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O nome da raça é Akhal Teke, e são originários dos cavalos de guerra do Turcomenistão. A sua pelagem exótica foi desenvolvida possivelmente como uma camuflagem no deserto. Os ancestrais da raça viveram a aproximadamente 3000 anos.

 

A tribo nômade Akhal Teke foram os seus criadores exclusivos, selecionando-os pela resistência e velocidade. Apesar desses registros, a ancestralidade precisa é difícil de traçar, pois antes dos anos 1600 AD, aproximadamente, não havia raças de cavalos no sentido moderno, sendo os animais identificados por nomes ou raças locais.

 

O akhal-teke existe há mais de 3 mil anos na área da atual Turcomênia. É oriundo dos oásis do deserto de KaraKum, com suas colinas áridas e suas depressões. O principal centro de criação fica em Ashkahabad, no sopé dos montes Kopet-Dag, a 30 km da fronteira com o Irâ.

 

A raça contribuiu para o aperfeiçoamento de muitas outras sem ser influenciada por nenhuma. Os turcomanos tinham o akhal-teke como cavalo de corridas, preparando-o para isso com extremo cuidado: dieta de alfafa, bolas de gordura de carneiro, ovos, cevada e bolos de farinha. Para defendê-los do calor e do frio, esses corredores eram envolvidos pelos seus criadores em mantas de feltro.

 

O akhal-teke não se ajusta aos padrões ocidentais. O cavalo tem robustez e resistência sem limites, e seu desempenho, cobrindo distâncias imensas em condições desérticas, é excepcional. Conta-se que um animal cobriu 4.152 km em 84 dias, distância entre Ashkabad e Moscou, atravessando mais de 400 km de deserto, com ração mínima de alimento e água.

 

A raça possui várias pelagens incluindo dourado (palomino e buckskins), baia, preta, acastanhado, cremello, perlino e cinza, sendo sua característica mais notável a pelagem metálica, especialmente vista nas pelagem dourada e baia; acredita-se que este padrão de cor tenha favorecido camuflagem no deserto.

 

Apresentam cabeça fina com um perfil retilíneo ou levemente convexo, orelhas longas e olhos em forma de amêndoa. Tanto a cola quanto a crina são, em geral, esparsas. Possuem costas longas levemente musculosas, com garupa plana e pescoço longo e vertical. Os membros são, apesar de finos, fortes e resistentes.

 

O corpo e a caixa torácica são bastante finos, com um peito profundo. A estrutura é típica de cavalos criados para resistência em longas distâncias.

 

Cavalos Akhal Teke são vigorosos e alertas, e têm a reputação de se identificarem com apenas uma pessoa. A raça é resistente e resiliente, tendo se adaptado à severidade das terras turcomenistãs, onde cavalos viviam com pouca comida e água. Isto também fez os cavalos bons para o esporte, apresentando grande resistência.

 

Devido à superioridade genética da raça anciã, exemplares Akhal Teke vem sendo utilizados para desenvolver novas raças. Devido ao seu atletismo natural, podem ser utilizados para esporte, adestramento, salto, corridas e equitação de resistência.

 

O contexto histórico recente em que a raça esteve inserida trouxe consequências cruciais para a mesma. Guerras entre Rússia e China ao final do século 19 resultaram na invasão russa e queda do Turcomenistão em 1881, sendo suas tribos propositadamente separadas de seus cavalos, a fim de enfraquecer seu orgulho e autoconfiança. Os animais foram transferidos a várias fazendas estatais russas, algumas das quais foram simplesmente descontinuadas. Atualmente não há cavalos Ersari, Salor nem Sarik, os quais são reportados como muito próximos aos Teke em qualidade.

 

Entre esta época e a repetição da longa viagem nos anos 70, os cavalos Akhal Teke não foram permitidos serem tocados por seus criadores originais. No Turcomenistão soviético (Turcmênia), os cavalos Akhal Teke foram adicionalmente instrumentalizados, sendo utilizados em corridas de curtas distâncias para fins de entretenimento, as quais foram altamente exploradas pelo governo soviético.

 

Infusões adicionais de sangue PSI foram realizadas para aumentar o atrativo das corridas. Muitos destes cruzamentos permaneceram sem registro, resultando na expulsão da raça turcomena Akhal Teke do livro genealógico central fechado. Entretanto, graças a Vladimir Schamborant (diretor de fazendas estatais no Turcomenistão soviético), uma grande porção de cavalos Akhal Teke puros foi resgatada, a qual ele trouxe consigo do Turcomenistão para a Rússia. Ele foi bem sucedido em manter um grupo de cavalos altamente puros. Porém, apenas pouco tempo depois os métodos de criação soviéticos foram firmemente aplicados ao pool genético russo, criando durante os últimos 40-50 anos a atual raça Akhal Teke que, quando comparada a exemplares de antes dos anos 1900, pode ser praticamente considerada uma nova raça.

 

Apesar de especulações sugerirem a possibilidade de haver cavalos Akhal Teke puros no Norte do Irã, (sendo, então, necessária e importante uma avaliação genética nestes possíveis exemplares), atualmente não há exemplares Akhal Teke verdadeiramente puros: a última égua pura morreu em 1991, e o último garanhão em 1998. Isto demonstra que o abuso político foi suficiente para, em meros 117 anos, eliminar o pool gênico de uma raça anciã com mais milhares de anos de história.

 

Antes de 1900 não havia cruzamento com o intuito de manutenção da pureza da raça do Akhal-Teke. Na época, os criadores de cavalos do Turcomenistão se utilizavam de características físicas e psicológicas do animal para efetuar o cruzamento e encaixá-los de acordo com as suas necessidades. O que eles certamente não fizeram foi cruzamento com o intuito de incrementar meramente o visual do animal, pois para sua cultura não havia propósito algum.

 

Por ser um povo nômade, a beleza do animal era uma característica supérflua, principalmente por viverem em um clima árido e deserto. Neste caso, a velocidade, força e resistência eram os fatores determinantes na seleção reprudutiva. Mesmo características físicas eram desconsideradas, como largura do pescoço, comprimento de patas, entre outros. O que se buscava era pura e simplesmente o desempenho.

 

Após os anos 1900, com a tomada do Turcomenistão pelos Soviéticos surgiu o conceito de cruzamento por pureza. Com isso, o critério de seleção mais importante deixou de ser o desempenho e passou a ser a pureza da raça, gerando um ponto de divergência entre os antigos valores físicos e psicológicos anteriormente apreciados.

 

Corria na época um conceito entre os soviéticos de que um cavalo Akhal-teke puro deveria ter um focinho que caberia dentro de uma xícara de chá. Com isso, o animal foi ao longo do tempo perdendo sua robustez e de acordo com o afinamento da raça, se transformando em um animal de exposição, sem conexão com suas raízes e sua utilidade nas tribos nômades na qual foi criado e apreciado durante séculos.

 

Atualmente, existem muito poucos exemplares desta raça em torno de 1.200. Apesar de terem contribuído muito e sido valorizados pelo povo do Turcomenistão, esta raça tem sido descrita apenas em eventos de exposição e cruzamentos. Os estudos demonstraram que o Akhal-Teke foi uma grande contribuidora para formação de outras raças em outros tempos, porém com o domínio Soviético no século XX e o afinamento da raça, o animal perdeu suas características mais importantes e sua função tornou-se meramente ilustrativa, ainda que seu povo tenha orgulho de seus cavalos, fazendo deles o emblema de seu país.

 

Principais características da raça são:
– Olhos grandes Narinas bem abertas, o que resulta numa expressão atrevida;
– Pernas longas e magras, com juntas altas em relação ao solo;
– Corpo longo, estreito, tubular
– Cabeça elegante de perfil retilíneo.
– Cabeça num ângulo de 45º Pescoço comprido e fino, posto muito alto e levado quase verticalmente ao corpo
– Pouca profundidade à altura da barrigueira, devido ao comprimento excepcional das pernas.

 

O akhal-teke é um cavalo de estatura mediana, quase sempre de pelagem dourada, com um físico mais longo do que encorpado. Tem todas as características do cavalo do deserto: magro de pele fina, resistente ao calor. A cabeça possui um perfil reto, a ganacha é desproporcionalmente larga em relação ao focinho e as orelhas são grandes. A cernelha é acentuada e a garupa é caida, com a resultante inserção baixa da cauda.

 

Saiba mais em https://en.wikipedia.org/wiki/Akhal-Teke

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