Neste maravilhoso destino português as vinícolas e paisagens naturais se fundem. A mágica região do Douro é marcada por paisagens estonteantes e pelo bem viver: vinícolas, restaurantes e natureza exuberante se espalham na margem do rio.
Enoturismo, uma forma de dignificar o vinho. A associação entre vinho e turismo é um denominador comum entre todas as estruturas hoteleiras do Douro. As quintas são, no entanto, uma das melhores formas de viver a relação emocional que a região tem com o vinho, desde a poda ao engarrafamento. No final do verão, entre agosto e outubro, as montanhas são tomadas por trabalhadores que transportam as uvas para os lagares de pedra.
Além de aproveitar o cenário bucólico, os turistas podem, inclusive, participar do processo e entrar nos lagares de pés descalços, em ritmo de festa. A Quinta do Pôpa, em Tabuaço, por exemplo, convida os visitantes a participarem do corte da uva, a cantarem com os trabalhadores e a sentarem-se à mesa com eles. Em alguns locais é possível criar o próprio vinho fazendo um blend – uma mistura de lotes.
É o que se faz Quinta do Portal, em Sabrosa, conhecida pela imponente adega desenhada pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, vencedor de um Pritzker. Também na Quinta Nova Nossa Senhora do Carmo é possível se passar por um verdadeiro enólogo e criar o próprio vinho.
O rio, património da humanidade. Ao todo, a Região Demarcada do Douro estende-se por 250 mil hectares, mas é nos 24.600 hectares que ficam na margem do rio, considerados Património Mundial pela UNESCO em 2001, que a magia acontece. Atualmente há uma centena de castas nas videiras durienses, um número inigualável em qualquer outra parte do mundo.
O caminho-de-ferro une o Porto a Barca d’Alva e tem a vista mais privilegiada sobre os reflexos luminosos do rio. Foi reativado em 1998 como transporte histórico, uma locomotiva a diesel dos anos 60 que puxa carruagens antigas. Nas margens do rio há também uma ciclovia que culmina em um miradouro. Do outro lado do rio está a EN122, considerada a melhor estrada do mundo para conduzir.
Pelas águas onde, durante décadas, os barcos navegaram para conseguir levar vinho até Porto, passeiam apenas embarcações turísticas: navios hotel, iates e cruzeiros e pequenos barcos vintage dos anos 50 e 60.
A riqueza da gastronomia. Visitar o Douro é sinónimo de comer bem. Trata-se de uma região do interior e a carne é, por isso, protagonista da maioria das refeições: cabritos assados em fornos a lenha, postas altas e suculentas e carnes de caça como o javali e o perdiz, são parte da oferta gastronômica duriense. O bacalhau, o fiel amigo português, está sempre presente, mas é do rio que vêm algumas das espécies mais típicas: achigãs, trutas e lúcios, assados ou fritos. Os queijos e embutidos também são um grande cartão-de-visita do Douro. Algumas quintas estendem a produção, além do vinho e azeite, às compotas, queijos e enchidos.
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